Existir é um emaranhado de caminhos sutilmente escolhidos, absolutamente diferentes uns dos outros. Talvez nem tão diferentes mas com detalhes diferentes. Mas há quem diga que detalhes fazem a diferença. Acredito neles. Os detalhes alteram essa delicada ramificação que desencadeia no que somos agora.
Destino e acaso se confundem numa confusão de definições, não necessariamente antagônicas, que tentam explicar, tornar tangível, a mais sublime das dádivas: a vida. Acretitar em destino me parece um tanto estranho. Fomos criados acreditando que poderíamos moldar nossos dias, bem ou mal, segundo nossa atuação no presente. Justo e fácil crer, racionalmente falando, que nossos dias vindouros serão influenciados pela energia que cultivamos no passado. Isso, por si só, exclui a possibilidade da existência do acaso.
Falam também, os nada racionais, que nossos dias já estão escritos por um roteirista nada volúvel e que de nada adianta nossos atos, bons ou ruins, nada o influenciará. A história de tua vida já está escrita muito antes de saíres da linha de produção.
Internalizar que nossos dias já estão moldados e que nada podemos fazer para mudá-los me parece um método de manipulação baixo para com os humanos e um escapismo fraco daqueles que o aceitam. De que adianta o livre arbítrio se dele não poderemos colher os frutos?
A inflexibilidade do futuro contraria as mais óbvias leis da física, clássica e quântica. Sinto que o nosso destino está absolutamente ligado ao nosso passado, como se os fatos fossem a materialização de uma energia acumulada advinda das nossas atitudes, palavras e pensamentos. Sendo assim, nada acontece sem razão de ser.
Se não existe acaso, se nada que pensas e que fazes são palavras ao vento, espero ter feito minha parte, para que nos encontremos aqui, no próximo post, quem sabe, pela vida.
Dire Straits - (1985) Brothers In Arms
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Omara Portuondo - (2000) Buena Vista Social Presents Omara Portuondo
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